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Audiocase
JUNG
E O DESIGN
Jéssica Piovan
12 de setembro de 2020
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Olá, pessoal!
Eu sou a Jéssica Piovan, sou Design Lead da Ensaio, e hoje eu vou conversar com vocês sobre como meu repertório de Psicóloga Junguiana me ajuda a passear nos meus processos de Facilitação na Ensaio.
Bom, você pode estar pensando:
"Jéssica, o que a Psicologia Junguiana tem a ver com Design Thinking?"
E eu posso dizer que tem tudo a ver!
A Psicologia Analítica foi cunhada por Carl Gustav Jung, um super crânio suíço que trouxe uma abordagem um pouco diferente da Psicanálise de Freud.
Na Psicologia Analítica, a gente tem como pressuposto que o inconsciente é composto tanto por aspectos pessoais e coletivos, e que, por meio do confronto entre o consciente e o inconsciente que se dá o amadurecimento.
E aqui eu já faço a nossa primeira analogia com o Design Thinking, que é a partir da Divergência e da Convergência que a gente tem o amadurecimento para uma solução de problema complexo.
O Design Thinking propõe pra gente que toda solução de um problema não tá baseado somente naquilo que é racional e lógico. Mas que também está naquilo que diverge, está na nossa ideação, muito ali na questão da nossa intuição.
Agora voltando um pouquinho para a Psicologia Analítica.
A gente utiliza como técnicas a interpretação dos sonhos, a pintura, a imaginação ativa... Que conversam muito com a questão da criatividade que o Design Thinking propõe que a gente entre em contato.
Então, bem como o paciente dentro de uma Terapia Analítica, tem que estar disposto a utilizar dessas técnicas que não são tão racionais e lógicas, uma pessoa que está dentro de um processo ou de um Projeto de Inovação baseado no Design Thinking, deve estar disposta a utilizar essas técnicas mais voltadas à criatividade que fazem parte de uma teoria e de uma metodologia que estão muito bem embasadas para poder se entregar a esse processo.
Então, bem como a participação do paciente em uma Terapia Analítica é bastante ativa, a participação de um cliente aqui dentro da Ensaio, em um Projeto de Inovação orientado pelo Design, é também bastante ativa.
Da mesma forma que, em uma Terapia Analítica não se busca conselhos do psicólogo, aqui, quando rodamos Projetos de Inovação, os nossos clientes também não ficam dependendo de um conselho de um consultor.
Então, ambas as abordagens - tanto a Psicologia Analítica quanto o Design Thinking - são abordagens profundas, não imediatas, embora o resultado seja muito rápido.
Parece até meio doido eu começar a comparar um processo terapêutico com o Design Thinking, mas eu vejo muita convergência entre os dois!
Da mesma forma como, em um processo analítico, o paciente precisa estar disposto a se desnudar e realmente confiar no processo, quando entramos em um Projeto de Inovação orientado pelo Design, esse cliente também deve estar disposto a se conhecer e a se desprender de diversas coisas em um nível que vai muito além de tudo.
Acho que algo muito importante que eu posso trazer de como o repertório de Psicologia Analítica me ajuda nos processos de Facilitação nos clientes é que, geralmente, quando a gente logo entra pra solucionar um problema complexo dentro de uma empresa, as pessoas buscam a via mais racional, ou seja - se isso, então aquilo - e geralmente elas se afastam do campo da intuição. Mas isso é muito importante num processo de Design, porque, geralmente a solução dos nossos problemas complexos das nossas organizações, nós já sabemos como soluciona-los, nós já temos uma intuição.
Então, durante todo esse processo junto ao cliente, eu procuro fomentar essa intuição e tentar traduzir ao máximo em palavras, ações, roadmaps estratégicos, para que a gente consiga construir a nossa solução viável.
Parece ser um processo muito maluco, muito doido, mas eu juro, gente: se encaixa perfeitamente com todo o meu repertório, por todo o Passeio que eu fiz e faço pela Psicologia Analítica Junguiana e todo o Passeio e a entrega que eu tenho em relação ao Design Thinking.
Bom, se você consegue enxergar mais alguma analogia em relação à Psicologia Junguiana ao Design Thinking, manda pra gente! Eu vou adorar saber. Eu adoro esses devaneios e analogias porque elas também são uma excelente ferramenta de Design, onde também conseguimos criar novos cenários e desenhar novos futuros para problemas que são complexos e aflingem o nosso presente.
Espero que vocês tenham gostado e até a próxima!
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